terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Você sabe tanta coisa sobre mim… Então deve saber, também, que nunca fui boa com descrições. Não entendo como falar sobre você sempre foi uma tarefa fácil, sinceramente. Talvez porque você tem essa “coisa” que chama a minha atenção, entende? Não sei explicar. Mas parece que quando teus olhos estão por perto, eu esqueço de todo o resto. E eu te observo. E te analiso. E não lembro nem de mim. […] As pessoas costumam parecer muito clichês. Quase nada me prende, quase nada me atrai. Esquisito é saber que você é uma das exceções. Porque teus olhos sempre foram nesse tom meio escuro, e o brilho deles também sempre foi a coisa mais bonita que já vi. Tua boca tem esses detalhes marcantes nas extremidades, que fazem nascer duas pequenas covinhas no lado esquerdo toda vez que você sorri. Teu queixo é largo, teu cabelo bagunçado. Olhando por um todo, você me parece ser bem simples. Não tem muitas dessas características que os estereótipos perfeitos costumam seguir… Digo, você não é loiro dos olhos azuis e não é o garoto mais popular da escola. Na real, você gosta de ficar quieto num canto, com os fones de ouvido na altura máxima e esquecendo de todo o resto. Inclusive de mim. Mas eu, em contra-partida, gosto de te observar. Gosto de aprender sempre um pouco mais sobre você. Gosto das tuas poucas palavras, ainda que odeie o silêncio com qualquer outra pessoa. Contigo as coisas sempre parecem ser melhores… E talvez realmente sejam. Talvez você seja a peça que me faltava. Ou talvez isso só seja um sonho um pouco alto demais. Porque… A graça em ti, é que você não é meu. Você não é algo “alcançável”. Não sei se o problema está em mim, por querer algo que não posso ter, ou se o desafio está em você. Que me prende. Que me puxa. Que não me permite ir embora. É, garoto… O que tem em você que faz eu me sentir tão tua? Aliás, o que tem em você que simplesmente não me deixa desistir? '---'

Nenhum comentário:

Postar um comentário