terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Eu tinha uma porção de motivos pra deixar um sorriso meu estampado enquanto você me mima com essas frases clichês tipo um “eu sou doido por você”, eu tinha que ter todos os motivos possíveis pra gostar muito de você, pra deixar um passado de lado e começar a pensar “e agora? E daqui uns anos?” e pensar isso com você, porque você seria uma ótima companhia em um dia frio ou um domingo tedioso com uns três tipos de filme pra assistir, a pipoca seria toda sua e o chocolate todo meu, e você ainda teria que dividir a coca comigo. Você seria quem tivesse o melhor abraço depois de um dia cansativo no trabalho, ou a briga porque tem uma ligação de alguém que eu detesto no seu celular. Você cuidaria muito bem do meu coração e me faria entender que a gente tem que o que merece, e como seria bom se eu merecesse alguém como você. Mas aí a gente se depara com as imperfeições surpreendentes que a vida tira da manga, daquelas que a gente pensa “mas não é possível que não vai dar certo”, só que também nos deparamos com o tempo fazendo um bom trabalho, nos preparando pra isso, porque a gente passa a entender que cultivar faz parte de um futuro promissor, a gente passa a entender que se a gente não estiver preparado pra encarar tudo pra ter alguém, esse tal alguém não faria nenhuma diferença se fosse tudo tão fácil quanto das outras vezes. Para ter um bom futuro, é preciso ter boas atitudes e saber fazer boas escolhas. Mas quem disse que conseguimos fazer o certo ou boas escolhas quando o sentimento fala mais alto? Não adianta, porque sempre lembramos apenas a parte boa da ‘relação’, deixamos de lado a pior parte, quando ela deveria ser a principal. Quando temos convicção da dor que estamos sendo sujeitados a passar, aí a coisa muda de figura. Não há no mundo quem queira sofrer de verdade. Mas como assim “sofrer de verdade?” Simples, quando não temos a mente fixada na realidade, o coração teima em manter as chamas da esperança acesa. É difícil assimilar a diferença entre sofrer com esperanças e sofrer por perder. Se pudéssemos escolher por quem entregar nosso coração, seria muito simples, não teria aquela emoção, frio na barriga, as mãos soadas ou aqueles calafrios repentinos só de imaginar os momentos ‘futuros’ ao lado de tal pessoa. Como já ouvimos dizer: “Tudo que vem fácil vai fácil”. Qual a graça de vencer uma batalha sem levar tombos ou alguns tapas na cara? É preciso sofrer pra entender o que é valorizar, só não podemos deixar as magoas e decepções afetarem uma relação futura que tem tudo pra dar certo. Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida. Vou cuidar muito bem de nós dois, seja no inicio, no meio e durante todo nosso futuro juntos. Talvez você até se pergunte: “Mas esse chato não pensa em um fim?” É obvio, que não. Eu seria um surtado em pensar assim. O fim entre nós dois nunca vai existir. E se tudo o que a gente precisa pensar pra ser feliz é em ser feliz, a gente vai pensar assim e quem sabe as coisas começam a dar certo, quem sabe essas nossas peças não caçam um jeito de se encaixarem

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