segunda-feira, 12 de novembro de 2012


                                    Ontem eu chorei. Chorei porque cada vez que convivo com as pessoas, mais eu quero me isolar delas. Porque o mundo anda tão perdido, tão perdido, que nem eu tenho o encontrado. Porque todos os meus romances tem data de validade, e nunca passaram de 1 ano. Chorei porque eu precisava do colo da minha mãe para poder me sentir um pouco mais criança, já que ser adulta requer muita responsabilidade, e eu não estava preparada para isso. Porque o fulaninho da novela traiu a sicraninha, e eles eram meu casal preferido. Porque eu odeio profundamente me sentir a pior pessoa do mundo e mesmo assim ouvir o som de Oasis para me sentir mais mulher, mais viva, mais verdadeira. Chorei porque precisava chorar, precisava desabafar, precisava me esvaziar de todas as coisas ruins que havia me acumulado. Chorei porque você foi embora e nem avisou que ia embora. Caramba, você sempre avisa, você sempre diz um “Vou sumir da sua vida” ou até mesmo um “Adeus” meio melodramático só para causar um friozinho na minha barriga, só que no fim dia você sempre voltava. E dessa vez você não disse nada, apenas se foi. Ai eu chorei. De puro medo. Chorei porque eu sempre odeio tudo, eu sempre me isolo de tudo, eu sempre encontrei solidão em tudo, só para eu não me sentir tão frágil quanto aparento ser. Chorei porque o choro foi a única coisa que me restou. Chorei tanto, mas tanto, que por pouco entrei em um dilúvio e me afoguei, porque a realidade era dura demais comigo, e eu já não tinha mais armas para poder enfrentá-la. Foi por isso eu chorei.

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